A Terceira Lei das 7 Leis Espirituais do Sucesso – Deepak Chopra

A Lei do Carma ou de Causa e Efeito

A Lei do Carma ou de Causa e Efeito

A terceira lei espiritual do sucesso é a lei do carma. A palavra carma significa o conjunto das ações dos homens e suas conseqüências. É causa e efeito simultaneamente, porque toda ação gera uma força energética que retorna para nós da mesma forma. É bem conhecido o ditado “você colhe aquilo que semeia”. Portanto, não há nada de misterioso na lei do carma. 

Obviamente, se desejamos felicidade, precisamos aprender a semear felicidade. Carma implica, então, em escolha e ação conscientes. Tanto você quanto eu somos escolhedores infinitos. 

Em nossa vida, a todo momento, entramos no campo de todas as possibilidades, onde temos acesso a uma infinidade de escolhas. Algumas dessas escolhas são feitas conscientemente. Outras não. Portanto, a melhor maneira de entender e utilizar ao máximo a lei do carma é estar conscientemente alerta para as escolhas que fazemos a todo momento. 

Quer você goste ou não, tudo o que está acontecendo neste momento é resultado de escolhas feitas no passado (uma vez que o carma define o nosso destino). Infelizmente, muitos fazem escolhas inconscientes e, por isso, acham que não são escolhas. Mas são. 

Se eu o insulto, é provável que você escolha se ofender. Se eu lhe faço um cumprimento, é provável que você escolha sentir-se grato e envaidecido. Pense bem: é sempre uma escolha. Eu posso insultá-lo e ofendê-lo e você escolher não se ofender. Da mesma maneira, posso lhe fazer um cumprimento e você escolher não se sentir envaidecido. 

Em outras palavras, toda pessoa constitui – mesmo sendo um escolhedor infinito – um feixe de reflexos condicionados. Eles são disparados, constantemente, por circunstâncias e por pessoas, resultando em comportamentos previsíveis. Esses reflexos condicionados são iguais ao condicionamento pavloviano. 

Pavlov é conhecido por demonstrar que um cão, ao receber comida sempre que se fizer soar uma campainha, começará a salivar assim que ouvir a campa-inha. Ou seja, o animal desenvolve um 35 reflexo condicionado, ao associar um estímulo (comida) ao outro (som da campainha). 

Também nós, devido ao condicionamento, temos respostas repetitivas e previsíveis aos estímulos do ambiente. Nossas reações parecem ser disparadas automaticamente por pessoas e por circunstâncias. No entanto, esquecemos um fato: essas reações são, também, escolhas que fazemos a todo momento. Simplesmente estamos escolhendo inconscientemente. 

Se você parar um pouco e começar a observar suas escolhas no momento em que elas ocorrem, mudará esse aspecto de inconsciência. O simples ato de observá-las transfere todo o processo do terreno do inconsciente para o terreno do consciente. 

Esse proce-dimento – escolher e observar conscientemente – é muito enriquecedor. Quando você faz uma escolha – qualquer uma – pergunte-se duas coisas: primeira, “quais serão as conseqüências da escolha que estou fazendo?”; segunda, “essa escolha trará felicidade a mim e aos outros ao meu redor?” A resposta à primeira questão você sentirá no seu coração e saberá imediatamente quais serão as conseqüências. 

Quanto à Segunda questão, se a resposta for sim, então persista nessa escolha. Se for não, escolha outra coisa. É bem simples. Entre a infinidade de escolhas disponíveis a cada segundo, só existe uma que trará felicidade a você e aos que estiverem por perto. 

E quando você faz essa escolha, ela resulta numa forma de comportamento chamada de ação correta espontânea. A ação correta espontânea é o momento certo. É a resposta certa para uma situação, no instante em que é dada. É a ação que nutre você e todos os que forem influenciados por ela. 

Há um mecanismo muito interessante no universo para ajudar a fazer escolhas espontâneas corretas. Esse mecanismo relaciona-se com as sensações físicas. 

Nosso corpo conhece dois tipos de sensações: uma é a do conforto; a outra é a do desconforto. Imediatamente antes de fazer uma escolha consciente, observe seu corpo enquanto faz a pergunta: “se eu escolher isso, o que acontecerá?”. Se seu corpo enviar uma mensagem de conforto, é a escolha certa. Se seu corpo enviar uma mensagem de desconforto, a escolha não é adequada. 

Para alguns, a mensagem de conforto e desconforto se dá na região do plexo solar. Para a maioria, no entanto, se manifesta na área do coração. Conscientemente, preste atenção nessa área do coração e pergunte a ele o que fazer. Depois, espere pela resposta – uma resposta física, na forma de sensação, mesmo que seja muito leve. O importante é que está lá, em seu corpo. 

Somente o coração conhece a resposta certa. Muita gente acha que o coração é piegas e sentimental. Não é. O coração é intuitivo. É contextual. É relacional. Não se orienta por perdas e ganhos. Ele está conectado ao computador cósmico, ao campo da potencialidade pura, do conhecimento puro e do poder da organização infinita, que leva tudo em conta. 

Às vezes pode até parecer irracional, mas o coração tem uma capacidade mais acurada e muito mais precisa de processar dados do que qualquer outra coisa que exista nos limites do pensamento racional. 

Você pode usar a lei do carma para gerar dinheiro e abundância e atrair para si o fluxo de todas as coisas boas, no momento que quiser. Mas, antes, precisa estar conscientemente lúcido de que seu futuro é resultado das escolhas que faz a todo momento de sua vida. Se fizer isso regularmente, estará fazendo pleno uso da lei do carma. 

Quanto mais escolhas você fizer no nível da percepção consciente, mais corretas e espontâneas serão as escolhas – tanto para si quanto para os que estão ao seu redor. 

E o carma passado? Como ele influencia você agora? 

Há três coisas que podem ser feitas em relação a isso. 

Uma é pegar seus débitos do carma passado. É o que a maioria das pessoas escolhe fazer, embora inconscientemente. Isso também é uma escolha. Às vezes há muito sofrimento envolvido no pagamento desses débitos, mas a lei do carma é bem clara: diz que nada do que se deve ao universo fica sem pagar. Há um perfeito sistema de acerto de contas nesse universo, uma constante troca de energia “de” e “para”. 

A Segunda coisa que você pode fazer é transmutar ou transformar seu carma numa experiência mais agradável. Esse é um processo muito interessante. 

Você pode se perguntar, quando está pagando um débito: “o que estou aprendendo com esta experiência? Por que isto está acontecendo? Qual a mensagem que o universo está me transmitindo? Como posso tornar útil esta experiência para meus semelhantes?” 

Ao fazer isso, você enxerga a semente da oportunidade e ata essa semente da oportunidade ao seu darma, que é o seu propósito de vida e do qual falaremos na sétima lei espiritual do sucesso. Isso lhe permitirá transmutar o carma numa nova expressão. 

Por exemplo, se você quebrar a perna jogando bola, pergunte-se: “o que esta experiência está me ensinando, que mensagem o universo está me enviando?” Talvez seja a mensagem de que você precisa diminuir o ritmo e ter mais cuidado e atenção com o seu corpo da próxima vez. 

E se o seu darma for transmitir aos outros o que sabe, então, ao se perguntar, “como eu posso tornar essa experiência útil aos meus semelhantes?”, talvez você decida compartilhar o que aprendeu escrevendo um livro, ou jogando bola com mais cuidado. 

Talvez até desenhe um sapato especial, ou um protetor de perna, que evite esse tipo de ferimento a outras pessoas. Dessa forma, enquanto paga seu débito com o carma do passado, você está convertendo a adversidade num benefício que poderá lhe trazer riquezas e satisfações. É a transmutação do seu carma numa experiência positiva. 

Você não se livra realmente do carma, mas consegue ligar um episódio ligado a ele para criar um carma novo e positivo. 

A terceira maneira de lidar com o carma é transcendê-lo. Ou seja, é entrar em contato com seu íntimo, com a alma, com o espírito. É como lavar roupa suja num riacho. A cada vez que você mergulha a roupa na água, elimina algumas manchas. Continua mergulhando e a roupa vai ficando cada vez mais limpa. Você limpa, ou transcende os obstáculos de seu carma, entrando e saindo do seu Eu profundo, do seu íntimo. Isso é feito através da prática da meditação. 

Todas as nossas ações são episódios ligados ao carma. Beber uma xícara de café, por exemplo, é um deles. A ação gera memória, a memória tem a capacidade ou o potencial de gerar desejo, e o desejo gera novamente a ação. 

Os processadores operacionais da sua alma são o carma, a memória e o desejo. A alma é um feixe de consciência que contêm as sementes do carma, da memória e do desejo. 

Tornando-se consciente dessas sementes, você passa a ser um gerador consciente da realidade. Ao se transformar em um escolhedor consciente, você passa a gerar ações transformadoras para si e para os que estão ao seu redor. 

E é só isso que precisa fazer. E como o carma é transformador – tanto para o seu íntimo quanto para todos que são afetados por ele – seu fruto será a felicidade e o sucesso. 

*Do livro “As 7 Leis Espirituais do Sucesso” de Deepak Chopra

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